sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Final da GT3, final da F3 Sudam

Ocorreu no último final de semana de novembro a final da GT3 (na qual esse que vos fala foi fiscal). A equipe do Matheis (Medley) com o Ford GT foi campeã no sábado e tirou um sarrinho no domingo: Largou em último e venceu a corrida...




Rolou também no mesmo evento a final da F3 Sudam que teve como campeão o piloto Nelson Merlo.





Parabéns aos campeões, e veja mais das mnhas fotos nesse site.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte final

Foi então que a estratégia valeu para cruzar a linha. Sempre que um carro recebe ordem para ir pra box e fazer algum reparo, esse carro tem que obedecer a ordem em no máximo 3 voltas. Não tiveram dúvidas: Quando a Porsche abriu a última volta, o Ômega amarelo da Toca dos Seis, o símbolo das Mil Milhas Brasileiras de 2008 decidiu voltar pra pista. Assim, mesmo se a luz de freio voltasse a falhar, a direção de prova não teria tempo suficiente para ordenar o reparo e eles retornarem em 3 voltas...

Não poderia ser fácil, o carro não pegava. Acho que umas 10 pessoas ajudaram a empurrar o pesado carro que, enfim, pegou no tranco e completou os últimos 4309 metros de Interlagos. Festa geral nos boxes, e estava concluída a saga do 68.

Chegaram em terceiro na categoria e, após 173 voltas completas, levaram o troféu pra casa, com sabor de vitória.

domingo, 7 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte 7 de 8

A direção de prova não demorou muito para perceber o problema e ordenou que o carro fosse reparado. E assim foi feito. Fizeram, quase artesanalmente, uma lanterna. Com fita adesiva emprestada, remendaram o que restou da lente vermelha, com uma lâmpada simples (o carro ficou sem luz de freio, então) e vamos de volta à pista.

Faltando apenas 5 voltas, a direção de prova ordenou que fosse reparada a lâmpada para que o carro tivesse luz de freio. Não daria tempo. Não cruzariam a linha. Pela falta de uma lâmpada de centavos, deixariam a prova a cinco voltas do final. Teriam morrido na praia...

sábado, 6 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte 6 de 8

Tudo correu relativamente bem por umas 20 voltas, até acontecer o Safety Car. Ocorrera uma batida na freada do S do Senna. Quem estaria envolvido? Uma Maserati bateu forte. Bateu na traseira do Ômega 68 da Toca dos Seis. Por sorte, nada estrutural foi destruído no Ômega amarelo, mas uma peça simples, porém obrigatória, estava gravemente avariada: a lanterna direita. Sem luz, o carro seria desclassificado. Parecia não ter solução, e a equipe decidiu por mandar o carro pra pista mesmo com uma só lanterna.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte 5 de 8

A alegria no box 18 era geral, não raro se via, do nada, mecânicos se abraçando. Os fiscais da CBA e até membros de outras equipes visitavam o Box 19, incrédulos, tamanha a determinação da equipe em terminar a prova. Um dos fiscais fez um comentário perfeito: "esses caras me lembram o filme Jamaica Abaixo de Zero".

Mas ainda faltava uma hora e meia para o término da prova.

A empolgação foi tanta que o piloto foi pra pista sem luvas. Como está previsto no regulamento, foram punidos. Tiveram de ficar parados na saída dos boxes por intermináveis 60 segundos. Com as luvas, e punição cumprida, o Ômega volta à pista. Porém, menos de 5 minutos depois, está ele de volta aos boxes, reparando o farol que estava caindo. Esse foi um momento que me marcou muito. O farol estava a ponto de cair, e seria simples solucionar com alguns pedaços da famosa silver tape, mas eles não tinham... Utilizaram o que tinham nos reparos da batida no momento da chuva. Não tiveram dúvidas, foram tirando pequenos pedaços da fita já utilizada nos reparos anteriores para prender o farol, mas é claro, não foi suficiente. Não tinha arame, braçadeiras de plástico, nada... eis que chega alguém com uma mangueirinha de chuveirinho, aquelas branquinhas de duchas comuns... Sem dúvidas, passaram a mangueira e deram um firme nó que fez com que ficasse fixado "com perfeição".

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte 4 de 8

Mas eis que, pouco depois das 19:00, ouço o narrador com sotaque francês anunciar nos alto-falantes do autódromo, empolgado: "muita alegria na toca dos seis, o carro número 68 está de volta a pista!"

Confesso que não acreditei. Fui até a mureta e lá estava o Ômega amarelo, o símbolo das 1000 milhas de 2008, de volta a pista. O que teriam feito para colocá-lo de volta? Encontrei então um grupo de mulheres em frente o box 19 empolgadas, com os olhos cheios d'água, dizendo ter orgulho dos rapazes. Elas me contaram que um dos membros da equipe saiu do autódromo, foi até o Canindé pegar um diferencial com um colega, voltou, montou no Ômega e o colocou de volta à pista. Confesso que me emocionei com o relato. Pensei naquele momento na equipe do Dener, que é profissional e montou a Porsche vencedora. Caso acontecesse com eles uma falha na qual não pudessem arrumar, teriam baixado a porta dos boxes e abandonado a corrida. Não teria muita diferença abandonar a prova ou voltar a correr para não vencer. Diriam a frase básica: "corrida é assim mesmo, acontece..."

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte 3 de 8

Antes das 17:00, o resgate trás o carro pra Box e, avaliação feita, descobre-se a causa: diferencial. Levanta-se o carro, chave, porca, pancadas e a peça está no chão. Basta trocar, certo? Errado. Não tem a peça nos boxes para reposição. Parece fim de prova. A tentativa de terminar as Mil Milhas Brasileiras de 2008 estaria encerrada. Seis garotos estavam sentindo o gosto amargo de ter um bom carro, com boas chances de pódio na categoria, se esvair por uma peça a menos. Os poucos equipamentos, o carro desmontado e o diferencial aberto no chão, em meio a óleo e ferramentas jogadas num box abandonado, dava a nítida noção de derrota.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte 2 de 8

Largada sem contratempos. O desempenho do carro era bom, sem problemas anormais considerando a duração da corrida (seriam 372 voltas, mais de 1600 quilômetros, mas foi encerrada por tempo, com 368 voltas)

Lá pelas 15:00 (a corrida começou às 11:00) começou a chover. Chuva igual a pista lisa. Pista lisa mais pneu slick mais azar igual a rodão. Rodão mais um pouquinho de azar igual a pancada de frente na barreira de proteção do bico-de-pato. A frente do carro estava destruída. Desolação entre os integrantes da Toca dos Seis. A avaliação dos danos foi rápida, e logo viram que dava pra continuar.

Foram aproximadamente meia hora de reparos nos boxes. Puxa daqui, bate dali, estica, ajeita. Amarra o farol, verifica tudo, e vamos pra pista! O valente Ômega amarelo da Toca dos Seis estava na pista novamente, e tudo estava muito bem, observadas as limitações. Até que o carro pára...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Saga do 68 - Parte 1 de 8

O carro 68 foi o símbolo da persistência e perseverança nas mil milhas brasileiras de 2008. Aliás, só acompanhei a trajetória desses garotos apaixonados pela velocidade por ter sido escalado a fiscalizar, na segunda metade dos treinos livres do sábado, o Box 19. Seria mais um trabalho qualquer, se não tivesse me deparado com um grupo completamente louco por velocidade, onde os pilotos são mecânicos quando não estão no carro, e todos se ajudam para manter o bólido perfeito.

Já no sábado, o Ômega amarelo teve problemas em seu treino livre. Uma mangueira do sistema de arrefecimento se soltou e fez a temperatura subir. Resultado: Carro parado na pista, selo de bloco rompido...


O domingo começou melhor: nada de errado no warm-up, mesmo este tendo ocorrido com a pista ainda úmida do sereno noturno, e tempo frio. O restante da manhã a equipe da Toca dos Seis fizeram os últimos ajustes para uma largada tranqüila.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mil Milhas Brasileiras 2008

A Porsche 911 venceu a 36ª edição da (já nem tanto) tradicional prova de enduro nacional. Nacional? Faz tempo que um carro de fabricação nacional não briga pela vitória...



Aliás, a tradicional prova feita por "garageiros" que se preparavam todo o ano para realizar o sonho de terminar uma 1000 milhas já quase não existe mais. Quase.

Ainda restam alguns, e na edição 2008 acompanhei de perto uma equipe, que com determinação, e pura, a mais pura paixão pelo automobilismo, conseguiu realizar o sonho de terminar a prova. Cruzou a linha de chegada e foi pro parque-fechado com seu Ômega numero 68.

Nos próximos dias, os posts serão sobre a saga do 68. Acompanhe. É de emocionar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sou um profeta!

Em um post anterior, eu afirmei que na F1 não seriam necessários pontos para decidir quem é o melhor num campeonato. Bastaria se utilizar do número de vitórias, de segundos em caso de empate de vitórias, etc.

E não é que pode ser a novidade para 2009? Veja isso!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ao lado de ídolos

Posso dizer que sou privilegiado. Conseguir fotos ao lado de Nelson Piquet, Jacques Laffite e o lendário Niki Lauda foi algo que nunca sonhei...



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Vídeo raro da equipe Ferrari

Esse vídeo foi obtido aproximadamente uma hora após a cerimônia do pódio do GP Brasil. As arquibancadas já estavam quase vazias nesse momento. Duvido que mais de 10 pessoas no mundo tenham registrado esse momento em movimento, como esse registro.

Atenção: se utilizar esse vídeo em alguma mídia pública, favor citar a fonte!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Alonso e Kubica

Nas andanças de quinta feira, com certeza o dia mais "calmo" do final de semana do GP, meu irmão conseguiu essas fotos de dois dos grandes pilotos do grid.







sábado, 15 de novembro de 2008

Pneus de F1

Os pneus dos F1 são sulcados certo? Em partes. Foram assim (como nas fotos abaixo) até o memorável GP Brasil de 2008. Fim de uma era. Agora, os pneus voltam a ser slick (completamente lisos).



De fundamental importância na categoria, decidiu o campeonato em favor de Hamilton (2008), quando faltou aderência à Toyota de Glock na última volta, e contra o mesmo inglês (2007), quando já estavam na lona e o jogaram pra brita na entrada dos boxes (vídeo abaixo).

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Bicos...

... são tão belos e tão caros... alguns milhares de dólares. Criados com estrutura de fibra de carbono. Em um relance, que não pude registrar, deu pra ver a quantidade de ranhuras e defletores de ar que existem sob essas peças...

... e destrói-se numa primeira curva....


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As verdadeiras Flechas de Prata

São absolutamente fantásticos os carros oficiais do GP Brasil. Verdadeiros bólidos "de rua".


O Medical Car "larga" atrás do grid. Como eu fui o Pit Lane Marchal do último colocado, posso contar o que eu vi: O Sutil não fez uma largada lá grandes coisas, mas ele tava a bordo de um F1. O Medical Car largou JUNTO! É incrível o que arranca aquele carro! Largou junto e Sutil não abriu mais que 2 carros dele até eu perdê-los de vista! Pra vocês "babarem", segue imagens desses belos modelos.



terça-feira, 11 de novembro de 2008

Octetes em Interlagos

As meninas do Blog OctetoRT marcaram presença, e é claro que eu as localizei na arquibancada e registro aqui.

Não deixo de visitá-las!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os bastidores do GP Brasil de F1

Fiscal de pista já há quatro anos, sempre trabalhando em categorias mais "básicas" do automobilismo nacional, chega a hora do grande momento: a estréia nos bastidores de um Grande Prêmio de F1.

Sempre fiz todos os meus trabalhos de pista/box com grande prazer e afinco, pois entendo que, se está lá pra fazer, faça (muito) bem feito. Nas 500 milhas da Granja Viana, geralmente passo a noite toda acordado, fiscalizando box, pneus, motores... e nas horas "vagas", cobrindo algum bandeira de pista. Nas mil milhas brasileiras, mais 12 horas ininterruptas de trampo pesado. GT3? Simples demais perto das outras experiências. E lindo demais também.

E então chega o momento da F1. Chega a hora de "compilar" todo o conhecimento no maior evento brasileiro do automobilismo. E pra ajudar, tivemos o final de prova mais fantástico (talvez) da história da F1.

A foto aí ao lado, mostra esse que vos fala e o "circo" montado ao longo do pit lane. Acho que percorri esse pit lane umas 70 vezes durante o final de semana! Os pés no final do domingo "não existem" mais...

Nessa outra, vê-se o nosso kit lanche e nossa "lanchonete". Isso fica embaixo do camarote da McLaren, que por sua vez é abaixo do heliponto (olhando o pódio de frente, do lado esquerdo). Era lá o nosso QG, onde guardávamos as bugigangas e descansávamos meia hora por dia (com sorte).

Já essa última, é só para o leitor ter certeza, de verdade mesmo, que estávamos lá, no grande GP Brasil de Fórmula 1 do ano de 2008.

Foi, realmente, a realização de um sonho, o de participar, de alguma forma que fosse, de um GP. De estar (muito) perto das maiores máquinas do automobilismo mundial.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Scuderia Ferrari

16 vezes campeã mundial de construtores. É a equipe que ilustra o fundo da imagem deste que vos fala.



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Prá quê pontos?

Quando escrevi o post anterior, pensei no seguinte: Prá quê pontos?

Explico: como funciona o critério-desempate na F1?

- Quantidade de vitórias. Persistindo empate...
- Quantidade de segundos lugares. Persistindo empate...
- Quantidade de terceiros lugares. Persistindo empate...

... e assim por diante.

Então, novamente pergunto: Prá quê pontos? Esse não poderia ser a base da classificação do mundial de pilotos? E de construtores também?

Fiz uma estimativa com os oito primeiros do mundial 2008 (na pequena imagem, clique para ver maior) e vi que sendo assim:

- Massa passaria Hamilton e seria campeão;
- Alonso passaria Kibica;
- Kovalainen e Vettel passariam Heidfeld...

Com isso, o piloto se contentaria com o segundo lugar para marcar oito pontos? Ou disputaria a freada da última curva, da última volta, para vencer a prova?

A F1 seria uma fila indiana sem ultrapassagens como é hoje?

Galvão Bueno e o vice-vencedor


Até 2002, o sistema de pontuação da F1 era:

1 - 10
2 - 6
3 - 4
4 - 3
5 - 2
6 - 1

Na época, Schumacher vencia tudo, e a FIA bolou um outro sistema de pontuação, para que o campeonato não terminasse tão precocemente como ocorria na época e ficou:

1 - 10
2 - 8
3 - 6
4 - 5
5 - 4
6 - 3
7 - 2
8 - 1

Galvão Bueno não gostou, eu também não. A vitória deixou de ser tão importante, vencer agora abria metade da vantagem com relação ao segundo, comparado com o sistema antigo. O narrador oficial da Rede Globo de Televisão chamou isso de vice-vencedor.

Tá, e porque desse assunto agora? Explico. Se essa mudança não tivesse existido, Massa seria o campeão de 2008 com 85 pontos, enquanto Lewis Hamilton ficaria em segundo, dois pontos atrás, com 83. Isso porque Felipe venceu seis corridas, contra cinco de Lewis.

Moral da história: Prá que vencer? Prá que arriscar vencer se pode-se ser constante para ser campeão? Depois, reclamam que a F1 não tem mais ultrapassagens...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Eu cantei a bola...

Um pontinho.

E eu disse que ele ia faltar!

A Ferrari não inverteu posições quando deveria, e Massa perdeu por um ponto...


Enfim, a festa foi linda mesmo assim, no Autódromo de Interlagos ontem. Quase morri do coração...


Durante as férias da F1, vou publicando minhas aventuras no GP Brasil. Seus bastidores, curiosidades com fotos vídeos, e até registrando a presença das octetes na arquibancada A.

Aguardem!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Senna campeão 1988. Há exatos 20 anos

É, faz tempo... O leitor com menos de 30 anos de idade provavelmente não se lembra desse dia. Eu lembro. Ah, como eu lembro! A largada ruim, as incríveis primeiras voltas... tudo muito fantástico, parece lenda contando hoje. Parece filme, sei lá...


Senna só precisava vencer naquele dia para ser campeão, e tinha a pole. Parecia que tudo seria simples, até a luz verde. Senna larga (ou tenta) mas o carro falha, quase morre. Bandeiras amarelas são agitadas freneticamente pelos fiscais japoneses, enquanto vários carros passam por Ayrton. Enfim, o carro "decide" largar, mas o jovem piloto brasileiro (até então, uma promessa somente) faz a primeira curva somente em 16º


Lá pela 3ª, 4ª volta Senna já tá em sexto, e ganhando posições. Passa Ferraris, passa Capelli (que com sua pequena March fez talvez a maior corrida de sua vida) e segue rumo a primeira posição, ocupada pelo companheiro de equipe (que se tornaria o grande rival) Alain Prost.
27ª volta, a ultrapassagem. Senna coloca de lado e deixa Prost prá trás. Mais algumas voltas e gotas de chuva para o título. O primeiro de 3. A grande conquista de um garoto, na terra do sol nascente.


20 anos se passaram, e vivemos hoje a mesma expectativa da época. Temos um brasileiro que pode conquistar seu primeiro título nesse domingo. Uma promessa que pode, daqui a 20 anos, virar lenda. Uma corrida que, quem sabe, pode virar "filme" em nossas memórias um dia.






segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Seria farsa?

Rubens Barrichello está na mídia com relação à sua permanência na F1, ou transferência para a Indy... Mas também pela "lenda" publicada pelo respeitado jornalista Lemyr Martins, que trata da transcrição da conversa de rádio ocorrida na Áustria, antes de Rubens deixar o alemão passar. O papo é entre Rubens, Jean Todt (então chefe de equipe da Ferrari), Karl Scheister , o procurador-chefe da Ferrari e Dona Idely, mãe de Barrichello

Só agora decidi transcrever a conversa aqui, pois até então eu não tinha nenhuma prova, mesmo que pequena, sobre a veracidade do fato. Ocorre que encontrei, no blog do Capelli, uma entrevista com o próprio Lemyr Martins.

Leia abaixo, e conclua por si...


Início da conversa:
Jean Todt: Rubens, você está pilotando muito bem, otimamente, continue com o bom trabalho. Faltam 5 voltas, agora

Barrichello: Obrigado, Jean. O carro está excelente, realmente muito bom hoje. Eu nem sei como agradecer a vocês. Diga a minha mãe que eu vou dar-lhe o melhor Dia das Mães da sua vida.

Jean Todt: É bom ouvir isso, Rubens. Ela está adorando assistir à corrida conosco. Eu irei passar para ela. Ela está muito orgulhosa! Ouça, você se importaria de desacelerar um pouco e deixar Michael ganhar?

Barrichello: Obrigado por dizer a ela, Jean. Ela ficará tão feliz. Vocês são os melhores, simplesmente os melhores! [estática, inteligível]

Jean Todt: Ah, nós também te admiramos, Rubens. Você tem sido de grande ajuda para a equipe. Michael também acha. Faltam 4 voltas agora. Ah, a distância de Michael ainda é de 3 segundos.

Barrichello: Tá bom

Jean Todt: Ah, Rubens, acabamos de falar com Michael novamente. Ele diz que a distância ainda é de 3 segundos.

Barrichello: Que ótimo! Nós teremos 1º e 2º! Obrigado, meu Deus! Incrível! [sons de choro ouvidos pelo rádio]

Jean Todt: Tá bem, Rubens, faltam só 3 voltas agora. Nós precisamos fazer um ajuste na tática, garotão.

Barrichello: [ainda chorando] Claro Jean! O que você disser! Como está o meu combustível?

Jean Todt: Não se preocupe, o combustível é suficiente. Ouça, só uma pequena mudança na tática. Nós queremos que Michael ganhe.

Barrichello: (risos) Não me façam rir, gente, eu quase errei a freada na curva Lauda. Obrigado por quebrar a tensão. Eu aprecio isso. Vocês são os maiores!

Jean Todt: Ah, Rubens. Eu não estou brincando.

Barrichello: [estática, inteligível]

Jean Todt: Você me entende, Rubens?

Barrichello: [mais estática, inteligível]

Jean Todt: Rubens, a gente já passou por essa rotina antes. Não vamos passar por isso novamente.

Barrichello: Sim, entendido. Eu achei que você tivesse me dito para me curvar e assumir a traseira de Michael de novo, seu sapo francês magrelo.

Jean Todt: Rubens, agora não seja assim. Faltam 2 voltas agora, ele está bonito.

Barrichello: Não é justo! Ele já ganhou um zilhão de vezes, e eu só uma vez, e só porque vocês pagaram a Mercedes para usar aquela placa idiota e correr pela pista depois que o garoto Mickey se ferrou.

Jean Todt: Rubens, não tenho idéia do que você está falando. Eu tenho alguém que quer falar com você. É Karl Scheister, o procurador-chefe da nossa corporação.

Karl Scheister: Oi, Rubens. Grande corrida!

Barrichello: Se manda, seu incorporado doente

Karl Scheister: Você está terrível, muito bem! Ouça, eu estou lendo o seu contrato agora Rubens, e eu cito, "considerando a parte primeira" - que é você, por acaso - "deveria ultrapassar o carro principal do grupo da parte segunda" - que somos nós, significando Michael e a Ferrari - "e recusar as ordens da equipe para corrigir a situação, a parte primeira estará sujeita a penalidades, o que inclui a perda total do salário..."

Barrichello: Eu não ligo!

Karl Scheister: "perda de direção..."

Barrichello: Que seja!

Karl Scheister: "...e a transferência de 'Lulu', canina mestiça pertencente à primeira parte e atualmente sob porte da segunda parte, para uma terceira parte inominada permanentemente".

Barrichello: Seus desgraçados!! Eu ainda vou levar essa para casa! Eu mereço essa vitória!!

Jean Todt: Rubens, eu tenho mais alguém que gostaria de conversar com você, falta 1 volta, cara. A pressão do combustível está boa.

VOZ NÃO IDENTIFICADA 4: Rubens?

Barrichello: Mãe?

Dona Idely: Rubens, eu estou com medo. Não consigo enxergar e não sei para onde eles me levaram. Meus pulsos doem! Deus me ajude! [sons abafados]

Barrichello: Mãe? Mãe!! Seus desgraçados!! Seus doentes, doentes desgraçados!!

Jean Todt: Rubens, Michael está perguntando o que está demorando tanto. Falta 1 volta, cara.

Barrichello: Está bem!! Está bem!! Vocês venceram!! Vocês venceram!! Só não machuquem a mamãe. E eu quero a Lulu de volta quando a temporada acabar.

Jean Todt: Sem problemas, cara. O Dia das Mães só ocorre uma vez por ano.

Barrichello: Obrigado Deus... [sons de choro foram ouvidos]

Jean Todt: E um contrato é um contrato.

VOZ NÃO IDENTIFICADA 5: Uhhhhhuuuuu!!!!! Eu ganhei!! Eu ganhei!!

Jean Todt: Grande corrida, Rubens.

Barrichello: Ah, calem a boca, seus tagarelas...

Fim da transmissão.

F1 com Fritas no GP Brasil

Com essa credencial


Tive acesso ao autódromo


Pude acompanhar a chegada do "circo"


E o descarregamento das equipes. Os carros chegam devidamente "embalados" nesses caixotes...


Desculpe, internauta, pela falta de qualidade das fotos, que foram feitas com um celular...